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.- A ÁRVORE QUE O SÁBIO VÊ, NÃO É A MESMA ÁRVORE QUE O TOLO VÊ! William Blake, londrino, 1800.

terça-feira, 27 de julho de 2010

Saudade de Herculândia C I X

O TEMPO DIRÁ

As coisas aqui em Herculândia estão indo às mil maravilhas. Como te disse anteriormente, o Jardim está em fase de remodelação; não restauração que, como todos sabem é outra coisa bem diferente, todo concretado pelos quatro lados, com as frondosas manguvas já derrubadas, salvo uma ou outra que restou de amostra nos cantos, com o gramado adjacente todo concretadinho e o passeio público demolido, dando lugar para um amplo estacionamento para os quatro rodas.


Tá certo que as mamãenzinhas que costumavam passear seus nenens em carrinhos à sombra das mangauveiras bem como os velhinhos que pelo mesmo passeio público passeavam seus cãenzinhos para marcarem seu território na grama adjacente, já não podem mais fazê-lo, pois o passeio público ou calçada como se diz popularmente, deu lugar aos estacionamentos dos “quatro rodas” (para eles de utilização muito mais importante que o espaço público dos bípedes) pelos quatro lados de nosso jardim. Mas segundo me chegou aos ouvidos a atual administração vai providenciar um passeio público suspenso por cima do estacionamento dos “quatro rodas”, semelhante aos jardins suspensos da Babilônia, inclusive com acesso por elevadores. Será verdade? Assim nós, os bípedes e os quadrúpedes, poderemos passear pelo novo passeio público com uma visão panorâmica e privilegiada. Legal Não? Inovador; moderno... Vantagem também disso tudo é que no inverno teremos um lugar público para nos aquecermos. No verão teremos alguma radiação solar com prejuízo ao ambiente, mais acentuada para os vizinhos, mas pelo que dizem as vantagens superarão as desvantagens.


E espera-se que se plante muita palmeira imperial nisso tudo, da mesma espécie exótica que o D. Pedro trouxe lá das Antilhas (terra dos furacões e dos ciclones).. Acredito que o Sylvio, assim como você, defensores do verde, das árvores e da natureza, devam estar "exultantes". Como bem disse o José Sylvio, Sérgio, e os nossos símbolos sagrados, nossos marcos históricos, nossas raízes? Para onde se vão indo?. Como diz aquela bela e antiga canção alemã: “só o tempo dirá”, possivelmente quando nós aqui já não estivermos mais para dizê-lo.

Abraços.


Beltran M Gasquez


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